2024 em retrospectiva

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Dois mil e vinte quatro definitivamente foi um ano. Janeiro agora me parece tão distante, outra vida. Tanto aconteceu. Nas chuvas de janeiro fiquei ilhada em um bar jogando Jenga à luz de velas. Fevereiro eu li três livros: A casa dos budas ditosos, Pachinko e terminei Cem anos de solidão. Março fiz um vestido só para ir numa festa, mas nem registrei. Elogiaram. Abril, meu aniversário de 31 anos e Festa do Grostoli. Em maio o mundo para, a chuva cai, o esgoto sobe. O exército me resgatou do apartamento que morava e fiquei temporariamente na casa da minha amiga da vida inteira. Junho entreguei o apartamento e o trabalho, julho voltei para a casa que cresci, outra cidade. Agosto foi um grande nada além de expectativa e setembro, outubro e novembro foram tempos em terras francesas, uma loucura à parte. Dezembro... tal como o Spotify, nem entra nos charts. Agora, que é calmaria fora, a cabeça está um caos.

Em suma, para aproveitar o embalo e ser piegas a essa altura, foi ano de mudanças, despedidas e histórias que só contaria numa mesa de bar. Conheci muita gente por aí. Fiquei triste e fiquei feliz, as vezes tudo ao mesmo tempo. E essa última frase ficou completamente brega mas não sei como resolver, acho que sentir sentimentos é brega mesmo. Enfim, me senti viva. Li pouco mas mais que ano passado ou antes. Vi muito filme, tanto no cinema como em casa. Aprendi a cozinhar um pouco melhor.

Em algum banheiro de Toulouse.

LIVROS

  • Na praia, Ian McEwan.
  • A casa dos budas ditosos, João Ubaldo Ribeiro.
  • O corcunda de Notre Dame, Victor Hugo.
  • Cem anos de solidão, Gabriel García Marquez.
  • Pachinko, Min Jin Lee.
  • Carmilla, J. Sheridan Le Fanu.
  • Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves.

Essa não é uma lista de favoritos, só li isso mesmo. Ano passado foi pior. Na praia fiz questão de começar a ler na praia, apenas pela graça, mas logo mudei para A casa dos budas ditosos quando ainda me encontrava com areia nos pés porque achei que a temática de putaria também convinha com a paisagem. Esse último ganhei de brinde num brique quando comprava outro, que ainda não li. Em O corcunda de Notre Dame Victor Hugo realmente tinha muito para reclamar dos arquitetos, gostaria de saber a opinião dele da reconstrução pós incêndio da catedral. Cem anos de solidão demorei exatamente um ano para terminar e sinceramente me perdi tantas vezes no fluxo de informação familiar que fui seguindo só as vibes. Ainda quero ver a série recém lançada. Pachinko só tristezas e Carmilla preciso devolver para meu amigo. Menção honrosa para Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, que estou quaaaase terminando.

FILMES


Eu não sei elencar favoritos, não costumo rever coisas, as vezes fico feliz quando termino de ver algo mas se penso um pouquinho mudo de ideia ou vice-versa. Sei lá. Num geral gosto de rir com o absurdo ou me emocionar com coisas muito pontuais que se relacionam com minha vida, mas não a ponto de me destruir, só cair uma lágrima e ir dormir pensando. Coisa leve. Até o momento tenho registrado 140 filmes vistos e desses separei esses 16 entre absurdos e choros. O último item que na verdade são três e que na verdade é série e não filme, entra na categoria #absurdos. Ótimo.

Não sei o que esperar de 2025. Nada do que aconteceu em 2024 eu poderia ter imaginado no ano anterior. Vamos vivendo.

Hello, world

terça-feira, 17 de dezembro de 2024
Olá! Fico até tímida de começar a falar num espaço assim vazio que faz dar eco. Não preparei discurso e minha dicção não é das melhores. Vou limpar a garganta para preencher silêncio. Agora não há muito a ser dito. Dia desses fiz um esboço e escrevi um meio texto sobre uma senhora de uma bobagem que se enquadra muito bem como abobrinha que decidi então nomear esse blog dessa forma mas, se eu for esperar terminar (se é que irei terminar) a escrita daquilo para isso começar a existir, é bem capaz da vontade morrer pelo caminho. O nome ainda não sei se funciona, também não sei se mantenho a url daqui com meu nome e sobrenome, provável que em algum momento talvez eu sinta vergonha. Várias questões para algo tão desimportante.

Não tenho nada de relevante para falar mas gosto da ideia de ter um canto para chamar de meu. Sou chata e arisca com espaço pessoal, rosno fácil. Também gosto da ideia de registros da vida como um todo. Fotos, listas, lugares, crônicas. Comentários que não mudam a vida de ninguém mas que traçam uma história por mais boba que seja. Óbvio que dá para fazer isso de forma privada mas há certa graça em compartilhar que um arquivo sozinho e triste no computador não comporta. Não, não vou citar a batida frase do terrível filme Into The Wild, por mais que concorde parcialmente. Sei que a galera dos blogs agora está toda em newsletters por aí mas tenho muita agonia da ideia de construir público, meio que prefiro não saber se alguém lê (ou quem lê). Não me acho importante para tanto não. Fora o pavor de clicar em enviar e depois perceber que o texto está todo errado. Enfim. Constantemente penso que eu deveria fotografar mais a vida, sempre esqueço. Viajei recentemente e guardei as fotos para mim, não me senti a vontade de postar em lugar algum. Instagram seria legal se fosse usado realmente como álbum de fotos mas a realidade é que é por essência esse reduto de vendas de serviço, de coisas, de si mesmo. Não existe postar descompromissado, é necessário ter um público-alvo, senão... o que você está fazendo aí?

Sei lá. Também não sei o que estou fazendo aqui. Falei nada com nada e vou postar isso de uma vez. Bem-vindos? Vou subir no banquinho imaginário e apresentar meia dúzia de besteiras numa cartolina para uma plateia vazia. Longe de mim querer fazer drama.
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