Dois mil e vinte quatro definitivamente foi um ano. Janeiro agora me parece tão distante, outra vida. Tanto aconteceu. Nas chuvas de janeiro fiquei ilhada em um bar jogando Jenga à luz de velas. Fevereiro eu li três livros: A casa dos budas ditosos, Pachinko e terminei Cem anos de solidão. Março fiz um vestido só para ir numa festa, mas nem registrei. Elogiaram. Abril, meu aniversário de 31 anos e Festa do Grostoli. Em maio o mundo para, a chuva cai, o esgoto sobe. O exército me resgatou do apartamento que morava e fiquei temporariamente na casa da minha amiga da vida inteira. Junho entreguei o apartamento e o trabalho, julho voltei para a casa que cresci, outra cidade. Agosto foi um grande nada além de expectativa e setembro, outubro e novembro foram tempos em terras francesas, uma loucura à parte. Dezembro... tal como o Spotify, nem entra nos charts. Agora, que é calmaria fora, a cabeça está um caos.
Em suma, para aproveitar o embalo e ser piegas a essa altura, foi ano de mudanças, despedidas e histórias que só contaria numa mesa de bar. Conheci muita gente por aí. Fiquei triste e fiquei feliz, as vezes tudo ao mesmo tempo. E essa última frase ficou completamente brega mas não sei como resolver, acho que sentir sentimentos é brega mesmo. Enfim, me senti viva. Li pouco mas mais que ano passado ou antes. Vi muito filme, tanto no cinema como em casa. Aprendi a cozinhar um pouco melhor.
Em suma, para aproveitar o embalo e ser piegas a essa altura, foi ano de mudanças, despedidas e histórias que só contaria numa mesa de bar. Conheci muita gente por aí. Fiquei triste e fiquei feliz, as vezes tudo ao mesmo tempo. E essa última frase ficou completamente brega mas não sei como resolver, acho que sentir sentimentos é brega mesmo. Enfim, me senti viva. Li pouco mas mais que ano passado ou antes. Vi muito filme, tanto no cinema como em casa. Aprendi a cozinhar um pouco melhor.
Em algum banheiro de Toulouse. |
LIVROS
- Na praia, Ian McEwan.
- A casa dos budas ditosos, João Ubaldo Ribeiro.
- O corcunda de Notre Dame, Victor Hugo.
- Cem anos de solidão, Gabriel García Marquez.
- Pachinko, Min Jin Lee.
- Carmilla, J. Sheridan Le Fanu.
- Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves.
Essa não é uma lista de favoritos, só li isso mesmo. Ano passado foi pior. Na praia fiz questão de começar a ler na praia, apenas pela graça, mas logo mudei para A casa dos budas ditosos quando ainda me encontrava com areia nos pés porque achei que a temática de putaria também convinha com a paisagem. Esse último ganhei de brinde num brique quando comprava outro, que ainda não li. Em O corcunda de Notre Dame Victor Hugo realmente tinha muito para reclamar dos arquitetos, gostaria de saber a opinião dele da reconstrução pós incêndio da catedral. Cem anos de solidão demorei exatamente um ano para terminar e sinceramente me perdi tantas vezes no fluxo de informação familiar que fui seguindo só as vibes. Ainda quero ver a série recém lançada. Pachinko só tristezas e Carmilla preciso devolver para meu amigo. Menção honrosa para Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, que estou quaaaase terminando.
FILMES
- Past lives, Celine Song.
- Perfect days, Wim Wenders.
- Fruit of paradise, Věra Chytilová.
- Nazareno Cruz y el lobo, Leonardo Favio.
- Le bonheur, Agnès Varda.
- Daisies, Věra Chytilová.
- The worst person in the world, Joachim Trier.
- Les plages d'Agnès, Agnès Varda.
- Brazil, Terry Gilliam.
- Crossing, Levan Akin.
- Leningrad cowboys go America, Aki Kaurismäki.
- The fireman's ball, Miloš Forman.
- Liquid sky, Slava Tsukerman
- Cría cuervos, Carlos Saura.
- Love and pigeons, Vladimir Menshov.
- The Kingdom I, II e III, Lars von Trier.
Eu não sei elencar favoritos, não costumo rever coisas, as vezes fico feliz quando termino de ver algo mas se penso um pouquinho mudo de ideia ou vice-versa. Sei lá. Num geral gosto de rir com o absurdo ou me emocionar com coisas muito pontuais que se relacionam com minha vida, mas não a ponto de me destruir, só cair uma lágrima e ir dormir pensando. Coisa leve. Até o momento tenho registrado 140 filmes vistos e desses separei esses 16 entre absurdos e choros. O último item que na verdade são três e que na verdade é série e não filme, entra na categoria #absurdos. Ótimo.
Não sei o que esperar de 2025. Nada do que aconteceu em 2024 eu poderia ter imaginado no ano anterior. Vamos vivendo.