Processos de criação: vestido longo para ir à padaria

quinta-feira, 7 de maio de 2020
Marina Ribacki: processos de criação: vestido longo para ir a padaria

INSPIRAÇÃO E TECIDOS

Há tempos que eu tinha essa vontade de ter um vestido longo que não fosse praiano nem super festa — se em tempos normais não encontrava ocasião para usar, nesse caos que o mundo se encontra que seria muito menos. Sabe, algo que estivesse no meio termo, que desse para usar fácil no dia a dia mas que se me arrumasse daria para ir numa festa. Casual arrumadinho, enfim. 

Então, tinha esse retalho no meu estoque de tecidos, provavelmente poliéster, de textura acetinada, fundo verde e lilás e grandes flores alaranjadas que ganhei junto com outra malha que fiz outro vestido florido, já postado por aqui. O pedaço era generoso (1,50x1,50m) e foi o que me permitiu poder sonhar em fazer um longo. Para forrar a futura peça, separei uma blusa de chiffon verde, grande demais para mim, comprada por um real ano passado em um bazar só pelo tecido.

Corri para o Pinterest em busca de inspiração nas imagens já salvas e percebi que esse vestido da Vanessa Hudgens estava lá fazia tempo e se encaixava bem na vibe que buscava: longo que não fosse sério e fácil de usar. As limitações da metragem do tecido também motivaram a seguir esse tipo de modelo porque normalmente para conseguir fazer a peça (seja qual for) chegar até os pés e ter certo movimento é necessário muito tecido e nesse processo poderia faltar ou ficar curto de um jeito que eu não gostaria, visto que caso errasse eu não teria como repor de forma alguma.


Marina Ribacki: processos de criação: vestido longo para ir a padaria

MODELAGEM, AJUSTES E COSTURA

Decidido mais ou menos o modelo, fiz algumas modificações. Queria que fossem similares à inspiração o comprimento da saia até os pés, a fenda até quase o meio da coxa e o decote em V com alças, mas o recorte na cintura e as costas super abertas não me apeteciam para o que tinha em mente. Acho bonito, mas sou friorenta e nem sempre é prático. Resolvi isso deixando as costas fechadas até a metade e brincando um pouco com as alças.

Assim que foi feito o molde e antes de partir para o tecido, fiz a piloto, que nada mais é que  uma peça-teste, da parte de cima do vestido em algodão cru. Fiz alterações no busto para que ficasse bem delineado e depois acabei usando esse mesmo teste como suporte para estruturar a peça e assim ser feliz e não precisar usar sutiã.

Diferentemente do outro vestido, esse não registrei em vídeo o processo da modelagem e costura. A intenção existia, mas demorei para fazer os ajustes de busto tanto na piloto quanto modelagem, esperei alguns dias para minha tesoura alfaiate chegar pelo correio para enfim poder cortar a peça e o atelier está uma grande bagunça porque a minha máquina reta está passando por uma cirurgia. Deu certo no final, mas não consegui registrar.

Marina Ribacki: processos de criação: vestido longo para ir a padaria

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